A Comunidade do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto:

sábado, 14 de agosto de 2010


Aqui no Blog nós já tratamos deste assunto e hoje daremos continuidade para formamos uma série de postagens sobre o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto. De toda forma, vale muito a pena você  ler essas postagens:


Utopias de um beato qualquer - Parte I

Utopias de um beato qualquer - Parte II

O Caldeirão está localizado na cidade de Crato, na Região do Cariri.

A comunidade do Caldeirão da Santa Cruz, foi um movimento que buscava a solução para a salvação do corpo e da alma, de pessoas que viviam "exploradas" pelas oligarquias latifundiárias do sul do Ceará e também pela Igreja local, em certa medida.

Com base na oração e no trabalho, a comunidade estabeleceu-se como uma sociedade coletiva, igualitária,
insubmissa aos ditames das oligarquias latifundiárias da época. 

O movimento tinha a liderança do Beato José Lourenço (do qual falaremos noutra oportunidade) que praticava o catolicismo dito popular, não romanizado.



A origem do nome "Caldeirão" está ligada ao terreno e à paisagem do local, cheio de pedras que mais parecem um caldeirão, em seu formato.

Nas palavras do professor Domingos Sávio de Almeida Cordeiro, 

"O Caldeirão foi uma comunidade camponesa, que existiu durante 10 anos, onde habitaram aproximadamente 1.700 pessoas. No início, era um pequeno grupo sob liderança do Beato, em torno da devoção à Santa cruz. Possuía um sistema de produção e distribuição de bens básicos (víveres, instrumentos, oportunidades de trabalho, moradia e "alimento para o espírito") com características de autogestão: "tudo era de todos", e, pressupõe-se, que não havia distinção entre dirigentes executantes do processo de produção.
Era uma comunidade auto-sustentável, onde se podia enxergar um exemplo materializado de utopia comunista."

Sobre esta série de postagens, ela será bem interessante e para torná-la mais agradável, estarei visitando o local nos próximos dias, além de fazermos algumas entrevistas para contextualizar o assunto.

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