Alguns dias da semana ele trabalhava nas terras na reserva senhorial, onde toda a produção cabia ao senhor, na obrigação conhecida como corvéia.
Cada família de camponeses, cultiva seu lote, de até 3 hectares, tirando dele sua subsistência, mas pagando também o censo, que era uma taxa fixa, cobrada por conta do usufruto da terra.
Além dessas, existiam outras obrigações:
- Talha - parte do que se produzia em seu lote era doada ao senhor.
- Chevage - Taxa anual para reafirmar sua condição de dependência.
- Formariage - Taxa para casar-se com uma ṕessoas de outra condição social ou para "trocar" de senhor.
- Mão-morta - um presente dado ao senhor para poder passar o lote como herança aos filhos.
Como se vê, não eram poucas as obrigações do servo para com o seu senhor. Vejamos esse relato que exemplifica bem a questão. O fato ocorre na França, no início do século 12:
"Neste manso reside Guichard, bom camponês, que deve: nas páscoa um cordeiro; na ceifa, seis moedas; na colheita, uma refeição e um sesteiro de 40 litros de aveia; na vindima, doze moedas; no Natal, doze moedas, três pães e meio sesteiro de vinho; no começo da Quaresma, seis moedas."
Por fim, o servo produzia e o seu manso dava frutos, tinha boa colheita, etc. Mas como ele moeria as sementes? Onde ele poderia utilizar o forno? Para isso e muitas outras coisas, os servos deveriam pagar para usar as ferramentas encontradas nas terras do senhor (no manso senhorial). Esse pagamento era chamado de banalidade.
Amanhã falaremos sobre a estratificação da sociedade feudal, ou seja, de como ela estava organizada a partir de uma divisão em 3 grupos: oratores, bellatores e labotarores.
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